Os juros mais altos previstos para a nova linha de crédito dos pequenos negócios estava preocupando economistas. O programa de crédito para micro e pequenas empresas terminou em dezembro e não foi renovado. Com isso, o Congresso entrou em votação na última terça-feira (11), com uma proposta para retomar o Pronampe como uma linha de crédito permanente.
O Pronampe foi criado em 2020 para socorrer empresas afetadas pela pandemia. A proposta prevê juros para novos empréstimos de até 6% mais taxa Selic, o que daria uma taxa máxima de 9,5% ao ano, considerada alta para quem é pequeno e está passando pelas dificuldades decorrentes da pandemia. O Senado aprovou o projeto que torna-o permanente.
Com aprovação no Senado, a proposta segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que poderá sancionar o texto integralmente, parcialmente ou vetá-lo integralmente.
Segundo o presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, a tendência de alta da taxa Selic vai deixar ainda mais cara a linha de crédito. Acredita-se que as taxas de juros não irão atrair as micro e pequenas empresas. Em decorrência das várias variáveis que não ajudaram muito do fim do ano para cá. A pandemia agudizou, as vendas caíram. O tempo de recuperação foi passando cada vez mais. Os meses de janeiro, fevereiro, março e abril foram difíceis. Então, para Carlos Melles, o ideal seria que ficássemos numa taxa por volta de 3% ao ano.
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